A Semana Nacional de Prevenção ao Câncer de Boca é comemorada na primeira semana de novembro, e traz diversos eventos informativos sobre esse tipo de doença e sua prevenção. O INCA (Instituto Nacional do Câncer) promoveu durante a semana o Primeiro Webinário Nacional de Prevenção ao Câncer de Boca.
O câncer de boca é um tipo de tumor maligno, afetando gengivas, lábios, bochechas, céu da boca, além da língua. Como todo tipo de câncer, o diagnóstico precoce é fundamental para seu tratamento.
Com o objetivo de estimular a prevenção, além de campanhas educativas e debates sobre políticas públicas e controle do câncer de boca, o INCA apoia as atividades realizadas para difundir os avanços científicos e técnicos relacionados a doença e ao tema em geral.
O Webinário debateu diversos assuntos, como o uso da tecnologia no diagnóstico, a universidade e seu apoio à comunidade no diagnóstico, o trabalho do dentista e a importância do Estado nesse tema.
Segundo o INCA, os casos de câncer de boca cresceram expressivamente nos últimos 5 anos. Em 2014, o Brasil tinha em média 47 casos por ano, enquanto em 2019 este número já tinha atingido a média anual de 213 casos.
O INCA também mostra as previsões de incidência do câncer em 2020, realizado em 2019, totalizando mais de 11 mil casos em homens e cerca de 4 mil casos em mulheres, em sua maior incidência nos estados que compõem as regiões sul e sudeste.
Santa Catarina foi o estado com recorde de incidências em pacientes do sexo masculino, enquanto no sexo feminino o maior número foi no estado do Sergipe, seguido do estado de Santa Catarina.
O câncer bucal, como todo tipo de câncer, depende muito do estágio em que é diagnosticado. Quanto antes diagnosticado, melhores as chances de resultados positivos em seu tratamento.
O atraso do diagnóstico e tratamento pode ter vários motivos: pode ser do próprio paciente, que atrasa ao pedir ajuda médica ao perceber os sintomas; atraso do profissional de saúde geral ao encaminhar para um especialista; atraso do próprio especialista até chegar em um diagnóstico definitivo; ou o atraso entre o diagnóstico e o início do tratamento por conta dos recursos de saúde disponíveis.
Manter as visitas regulares ao dentista é muito importante para um possível diagnóstico precoce. Por isso, é importante contar com um plano odontológico, pois além de estar com as consultas com o dentista em dia, o agendamento e a realização de exames e outros tratamentos se torna mais rápido.
O INCA, juntamente com a prefeitura de Suzano/SP, monitorou a trajetória do paciente do início da percepção dos sintomas, com a primeira ajuda médica até o início do tratamento, concluindo que a primeira fase é a mais longa, com cerca de 6 meses da percepção dos sintomas até procurar ajuda médica na maioria dos casos. O processo todo pode levar de 9 meses a um ano para o início do tratamento, por isso que o diagnóstico precoce é tão importante.
Muitos atrasos também ocorrem por falta de diagnóstico do profissional da saúde (clínico geral ou dentista), ou até atraso de identificação dos sintomas e encaminhamento para um profissional da saúde especializado. A falta de informação sobre o câncer bucal também é um dos fatores que mais atrapalha o diagnóstico, pois não identificam que os sintomas listados podem causar doenças graves como o câncer.
São diversos os fatores de risco que podem causar e agravar o câncer de boca, incluindo hábitos como o tabagismo e consumo de álcool. Segundo o INCA, o principal perfil que é considerado grupo de risco são os homens a partir dos 40 anos, que tem o tabagismo como hábito, além de baixa renda e baixo nível de escolaridade.
Os principais fatores de risco são:
A falta de atenção, o perfil enquadrado nos fatores de risco e a demora no diagnóstico pode agravar a situação do câncer bucal, fazendo com que seja até fatal.
Conforme os dados apresentados pelo INCA, a principal forma de prevenção é a redução de exposição aos fatores de risco, como redução da exposição não protegida aos raios solares, evitar os hábitos de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, além do acompanhamento médico em casos de HPV e HIV.
As unidades básicas de saúde (UBS) estão fazendo sua parte com campanhas contra o tabagismo e o manejo do consumo abusivo de álcool.
Conteúdo produzido por Andreia Silveira, do site Smartia.com.br.
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