Quem ronca costuma dormir de boca aberta durante a noite na busca por respirar melhor. Esse hábito impulsiona o ressecamento e a descamação das células da mucosa bucal. E, por sua vez, aumentam a saburra lingual. Essa camada esbranquiçada, que se forma no fundo da língua pelo acúmulo de bactérias e outros resíduos, uma das principais causas do mau hálito.
Pessoas com apneia do sono tendem a ter mais problemas com o mau hálito.
O ronco pode gerar inúmeras consequências para a saúde, uma delas é o mau hálito. Devido à obstrução das vias aéreas, boa parte das pessoas que roncam sente dificuldade para respirar pelo nariz. E, como consequência, mantém a boca aberta por longos períodos durante o sono.
Isso dificulta a produção de saliva (um antibiótico natural que impede a proliferação das bactérias). Com isso, gera a saburra lingual, principal responsável pelo mau hálito.
Nesse sentido, pessoas que sofrem com a apneia do sono precisam ter um cuidado ainda maior com o mau hálito. O fisioterapeuta e especialista da CPAPS, Eduardo Partata, explica que, como esse distúrbio é caracterizado pela obstrução parcial ou total das vias aéreas, há uma probabilidade maior de a pessoa roncar e sofrer os mesmos efeitos do ronco: boca seca e mau hálito.
Como tratar o ronco e o mau hálito?
Para evitar o mau hálito de quem ronca é fundamental que seja realizada uma higienização da boca e da língua bem criteriosa com raspadores linguais. Além disso, é de suma importância que as pessoas que sofrem com o ronco procurem um médico especialista para verificar a possibilidade da apneia do sono.
O melhor tratamento para a apneia do sono é com o uso do CPAP. Este equipamento envia um fluxo contínuo de ar para o paciente, capaz de desobstruir as vias aéreas. E, assim, impede o ronco e, consequentemente, o mau hálito. Tanto o ronco como a halitose são problemas ligados diretamente com a cavidade bucal.
No caso do mau hálito, os especialistas no seu tratamento são sempre dentistas formados e aptos para diagnosticar e lidar com esse tipo de problema.
Para saber o grau da apneia do sono, é necessário fazer um exame chamado polissonografia. Este exame é realizado durante toda a noite em clínicas e centros de estudo do sono, na supervisão de um profissional técnico preparado.
O exame de polissonografia é capaz de entender e diagnosticar o índice da apneia do sono, com o resultado em mãos é possível saber o melhor tratamento para o paciente. Sendo apneia em grau leve pode ser feito tratamentos com dispositivos intraorais, como elevadores de palato mole, retentores de língua e reposição de mandíbula.
Este tratamento é feito com o avanço da mandíbula, esticando os tecidos da garganta e assim aumentando a abertura da garganta e consequentemente o fluxo da passagem do ar.
Os tratamentos com dispositivos intraorais devem ser indicados pelo odontologista de confiança e requer um acompanhamento semestral no decorrer do primeiro ano e posteriormente de forma anual com a evolução do paciente no tratamento.
É possível também a indicação da terapia de forma cirúrgica, sendo realizada em pacientes com grau alto da apneia do sono. A cirurgia mais conhecida é a Ortognática, realizada através do avanço maxilomandibular. Esta cirurgia é realizada pelo Cirurgião-dentista e necessita de avaliação prévia e acompanhamento pelo mesmo.
Geralmente essa cirurgia é indicada para pacientes com obesidade mórbida e que não tiveram sucesso após outros tratamentos mais leves.
O tratamento para apneia do sono seja com CPAP ou intraorais, precisa de acompanhamento médico para saber qual o avanço e melhora do tratamento indicado. Estes tratamentos visam a qualidade de vida e benefícios diários para o paciente, sendo imprescindível a ininterrupção para garantir ao máximo o sucesso do tratamento.
A higienização bucal é o passo mais simples que o paciente precisa praticar para tratar o mau hálito. Os tratamentos ajudam no fluxo de ar durante o sono, não permitindo o paciente de dormir com a boca aberta e evitando o ressecamento bucal causado pela entrada e saída de ar pela boca.
Entre em contato com o seu profissional de confiança e saiba qual é o melhor tratamento para você!
Fonte: Eduardo Partata – fisioterapeuta – CREFITO – 3/121685-F
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