Diabetes e os problemas bucais

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A diabetes hoje é uma das doenças que mais atingem os brasileiros e ela afeta diretamente a qualidade de vida. E você sabia que ela pode influenciar a saúde bucal? 

Antes, vamos entender o que é a Diabetes. Ela é uma doença crônica, onde o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz.

A alta taxa de glicose no sangue pode trazer prejuízos para várias partes do corpo como o coração, os vasos sanguíneos e os rins.

Mas o que é a insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. O corpo precisa desse hormônio para transportar a glicose para as células que precisam de energia, que obtemos por meio dos alimentos.

Quando a pessoa tem diabetes, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente.

O nível de glicose no sangue fica alto, e esse fenômeno leva o nome de hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

E você sabe onde é produzida a insulina? 

Pâncreas

O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago que produz algumas enzimas importantes. Em condições rotineiras, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais, chamada célula beta, produzem insulina. 

Desta forma, de acordo com as necessidades do organismo no momento, é possível determinar se essa glicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou será armazenada como reserva, em forma de gordura.

Isso faz com que o nível de glicose ou taxa de glicemia no sangue volte ao normal.

As diabetes são divididas em tipo I e II e em gestacional. 

Relação da diabetes com a saúde bucal

Os diabéticos, por possuírem a glicose alta no sangue, acabam criando um ambiente  que facilita o crescimento de bactérias.

As doenças bucais mais comuns são: gengivite, periodontite, mau hálito e xerostomia (boca seca). 

Vamos entender melhor:

  • Gengivite: é uma doença gengival onde se caracteriza pelas gengivas vermelhas, inchadas ou flácidas. E pode haver o sangramento na escovação ou quando passado o fio dental;
  • Periodontite: é acarretado pela gengivite não cuidada. As bactérias que se encontram nesse local acabam destruindo as estruturas que envolvem os dentes. Atingindo então a gengiva, o osso da boca e a raiz do dente;
  • Mau hálito: pode ser causado pelo acúmulo de bactérias e resto de comida, em uma má escovação e deficiência da passada do fio dental. Além de gengivite, álcool e cigarro;
  • Xerostomia: a boca fica sem saliva, sensação de boca seca. Aumenta assim a ingestão de água e consequentemente a urina, e pode estar relacionada a uma glicemia desregulada. 

Para evitar essas doenças comuns e maiores complicações é preciso ter alguns cuidados importantes. 

O primeiro deles é fazer uma visita periódica ao dentista, a cada 6 meses para verificar se a saúde bucal está em dia. 

Além disso, é importante o seu dentista saber que você possui diabetes e o tratamento que realiza. 

Em caso de procedimentos como limpezas, tratamento de cáries ou procedimentos em que não seja necessário “abrir” a gengiva, você pode e deve realizar sem grandes preocupações. 

Já os procedimentos que exigirem cirurgia na gengiva, esses devem ser acompanhados de monitorização glicêmica rigorosa e se possível, devem ser adiados até o bom controle do diabetes.

Uma dica importante: antes de realizar um procedimento ou cirurgia, não fique muito tempo sem comer, pois é possível acontecer a hipoglicemia (quando há pouco açúcar no sangue). 

Limpeza bucal

O ponto-chave para uma boa higiene bucal é a escovação.

Pergunte ao seu dentista qual a melhor forma de escovar os dentes e onde você precisa melhorar na escovação. 

Além disso, passar o fio dental todos os dias é essencial. 

E este cuidado é um exercício diário. 

É preciso estar atento às anormalidades que surgirem, seja a gengiva muito vermelha ou sangramentos e algum tipo de desconforto. 

Portanto, não deixe de frequentar seu médico. Faça exames regularmente e controle a sua diabetes, caso possua. 

Caso não tenha, incentive o cuidado a aqueles que têm. Procure sempre um especialista. 

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